Por que usar?
Os produtos para saúde (PPS) passíveis de processamento precisam ser limpos, desinfetados ou esterilizados antes do próximo uso.
A desinfecção é classificada em baixo nível, nível intermediário e alto nível, e é um método capaz de eliminar diversos microrganismos com exceção dos esporos.
A RDC n° 15 (15 de março de 2012) e a RDC n° 35 (16 de agosto de 2010) definem a desinfecção de alto nível como: “... processo físico ou químico que destrói a maioria dos microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos.”
Citações
“Na escolha de um desinfetante deve se leva em conta o amplo espectro de ação antimicrobiana, inativação rápida dos microrganismos, não ser corrosivo e não danificar os materiais, ser inodoro ou ter odor agradável, não ser irritante para a pele e mucosas, possuir baixa toxicidade, tolerar pequenas variações de temperatura e de pH. (ESTIVALET SVIDZINSKI, T. I.; et al. Eficiência do ácido peracético no controle de Staphylococcus aureus meticilina resistente. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 6, n. 3, p. 312-318, 24 jun. 2008). ”
O nível de desinfecção a ser aplicado no PPS deve ser definido através da classificação de Spaulding.
“Segundo a classificação de Spaulding itens semicríticos, ou seja, aqueles que entram em contato com a pele rompida ou membrana mucosas devem estar livres de todos os microrganismos com exceção dos esporos bacterianos, sendo assim podem ser esterilizados ou desinfetados em alto nível. Pertence a esse grupo os endoscópios e os materiais de anestesia e terapia respiratória. (KALIL, E.M.; COSTA, A.J.F. Desinfecção e esterilização. ACTA ORTOP BRAS. 2(4). p. 1-4. Out/dez, 1994).”
Alguns desinfetantes de alto nível podem ser reutilizados, para isso o fabricante fornece um produto (tiras testes) que possam determinar a atividade/concentração do(s) princípio(s) ativo(s), a fim de garantir a eficácia frente ao uso repetido. Caso não tenha produto específico para verificar a atividade/concentração o produto tem indicação de uso único.
O ácido peracético é um desinfetante de alto nível, seguro para materiais médico e para o meio ambiente, pois é biodegradável, atua eliminando esporos, bactérias vírus e fungos em 15 minutos.
O desenvolvimento de formulação inovadora concentrada, ideal para uso em lavadoras com sistema de diluição automática e com inibidor de corrosão incorporado na solução, e sem presença de ácido fosfórico, nítrico e sulfúrico, proporciona um processamento mais seguro para os PPS e praticidade para a equipe.
“O uso de lavadoras automáticas de endoscópios traz diversas vantagens como: padronização das etapas do processamento, redução dos riscos de erros humanos; redução da probabilidade de omissão de uma etapa; exposição de todo equipamento (parte interna, externa e lúmens) ao desinfetante de alto nível, enxágue uniforme e confiável, redução da exposição ocupacional, e a redução da contaminação ambiental. (GRAZIANO, K. U.; PEREIRA, M. E. A.; KODA, E. Proposta metodológica para a validação da eficácia de desinfecção de processadora automática de endoscópios flexíveis. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.24, e2745, 2016). ”
“O ácido peracético traz maior segurança durante a utilização, diminui os riscos relacionado à saúde ocupacional, e é biodegradável, porém deve ser manuseado em local adequado (local seco, ventilado e sem incidência de luz solar direta) e utilizando equipamento de proteção individual (EPI) (avental, luvas, protetor ocular ou facial e outros) durante o manuseio. (ESTIVALET SVIDZINSKI, T. I.; et al. Eficiência do ácido peracético no controle de Staphylococcus aureus meticilina resistente. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 6, n. 3, p. 312-318, 24 jun. 2008). ”
“O ácido peracético é considerado como desinfetante de nível intermediário e alto nível, e quando utilizado na desinfecção de artigos, os produtos gerados na decomposição são inócuos e seguros, decompondo em produtos não tóxicos. Possui ação rápida e atua eliminando vírus, fungos, esporos e bactérias. (FRUTUOSO, D. Limpeza e desinfecção de materiais e superfícies. 2018. 65f. Dissertação (Graduação em Odontologia) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018). ”